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Maratona urbana: como o corpo encara o desafio das corridas no asfalto

As corridas de rua se transformaram em um dos fenômenos esportivos mais notáveis do Brasil. Presentes em grandes capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre, as provas urbanas atraem tanto atletas profissionais quanto iniciantes em busca de saúde, superação pessoal e conexão social.

Segundo levantamento da Ticket Sports, plataforma de inscrição em eventos esportivos, o número de provas de corrida de rua no país cresceu mais de 20% em 2023, em relação ao ano anterior. A popularidade do esporte reflete um movimento maior e tornou-se um dos esportes mais praticados do Brasil.

Mas, apesar do apelo democrático – basta um par de tênis e disposição –, correr no asfalto não é tarefa simples para o corpo humano. Ao contrário das trilhas e pistas de terra batida, o piso rígido das cidades impõe um impacto constante sobre articulações, músculos e tendões. É como bater repetidamente uma colher de metal contra a pia: o atrito acumulado cobra seu preço.

Na corrida urbana, o impacto é cerca de três vezes maior do que o peso do corpo a cada ada. Joelhos, tornozelos e a lombar geralmente são os primeiros a reclamar quando o treino se intensifica sem orientação.

Para quem deseja começar com segurança, especialistas recomendam iniciar com caminhadas rápidas, intercalando com trotes leves. O ideal é seguir um plano gradual, de preferência com acompanhamento profissional. Academias, aplicativos e até grupos de corrida organizados por marcas e coletivos locais ajudam a manter a motivação e garantem e técnico.

Outro ponto essencial é a escolha do calçado adequado. Tênis com bom amortecimento reduzem o impacto e contribuem para a performance. Corredores mais experientes também costumam investir em órios que protegem e equilibram o corpo. É o caso das palmilhas, que oferecem e personalizado ao arco plantar, ajudam na distribuição da pressão nos pés e diminuem a sobrecarga em articulações. Esse tipo de cuidado faz diferença principalmente em provas mais longas, como meias-maratonas e maratonas inteiras.

Além da preparação física e dos equipamentos, a adaptação à rotina urbana exige atenção. O ideal é escolher horários com menor fluxo de carros e poluição, além de optar por rotas com menos desníveis bruscos. Hidratação adequada e alimentação balanceada também são peças-chave, especialmente nos dias que antecedem a corrida.

Participar de provas de rua vai além da prática esportiva. Muitos corredores relatam uma sensação de pertencimento, principalmente quando integram coletivos ou clubes de bairro. Mais do que um exercício, a corrida se torna um estilo de vida, um ritual urbano que une performance, saúde e conexão.

Seja para cruzar a linha de chegada ou apenas para escapar da rotina com mais energia, as maratonas urbanas continuam ganhando espaço no cenário esportivo nacional. E, com os cuidados certos, o asfalto deixa de ser obstáculo e vira caminho.